E agora como educar nossos filhos?
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei que proíbe o uso de castigos corporais em crianças e adolescentes , popularmente conhecida como Lei da Palmada . A aprovação ocorreu na comissão criada especialmente para discutir o assunto , mas como tem caráter conclusivo, o projeto seguirá para a tramitação e votação no Senado , exceto se houver recurso para que seja apreciado pelo Plenário da Câmara .
Relatado pela deputada Teresa Surita (PMDB-RR), o projeto prevê que pais que maltratarem os filhos sejam encaminhados a programa oficial de proteção à família e a cursos de orientação , tratamento psicológico ou psiquiátrico , além de receberem advertência . A criança que sofrer a agressão deverá ser encaminhada a tratamento especializado.
A troca do termo por "agressão física " gerou críticas da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e de movimentos sociais que apoiavam o texto original , com "castigo corporal ". Mas no fim da tarde de ontem , houve um acordo para que fosse incluída a expressão "castigo físico " em vez de "agressão física ".
De acordo com a deputada Liliam Sá (PR-RJ), a bancada evangélica entendeu que a expressão “castigo corporal ” interferia na educação dos filhos . “Então chegamos a um acordo e trouxemos para discussão . A bancada escolheu a expressão agressão física , mas isso descaracteriza o projeto , porque nem sempre um castigo físico que a criança sofre é uma agressão física ", afirmou.
A presidente da comissão , deputada Erika Kokay (PT-DF), defendeu o texto original , argumentando que ele não fere a autoridade da família , como pensavam os evangélicos . “Não há na comissão qualquer tipo de dúvida ou qualquer polêmica acerca do sentido do conteúdo do projeto ”, disse.
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