Lideranças tentaram encontrar alternativas para tranquilizar investidores antes da abertura dos principais mercados
Ministros de Finanças do G-7 e do G-20 reuniram-se três vezes em conferências telefônicas entre o sábado e o domingo com o objetivo de traçar uma estratégia para acalmar os investidores antes da abertura dos mercados financeiros da Ásia. Dois assuntos dominaram a pauta: o rebaixamento da nota dos títulos públicos dos Estados Unidos pela agência de rating Standard & Poor’s e a crise das dívidas da Europa, em especial o risco de contágio da Itália. Mas até a noite de ontem nenhum anúncio de medidas havia sido feito para reduzir a expectativa de tensão nas bolsas de valores.
A mobilização - que interrompeu as férias de diversos líderes políticos da Europa no fim de semana - aconteceu porque a Europa e os Estados Unidos se preparam para um verdadeiro teste de estresse nas bolsas de valores durante o dia de hoje. Uma amostra do pânico das bolsas veio do Oriente ontem. Na Arábia Saudita, a bolsa de Riad perdeu 5,5% na abertura do pregão, fechando em 0,08%. Já a bolsa de Tel Aviv, em Israel, teve o pregão interrompido após a abertura, quando o índice TA-25 despencava 6,99% e o TA-100, mais amplo, estava em queda de 7,2%.
O temor dos investidores é de que um novo ciclo negativo aconteça a partir de hoje, com a abertura das bolsas da Ásia. Na semana passada, os mercados financeiros do planeta perderam em torno de US$ 2,5 trilhões em razão das dúvidas crescentes sobre a capacidade dos países industrializados de honrar suas obrigações diante de déficits públicos e de endividamento crescentes.
A primeira conferência telefônica reuniu os ministros do G-7 - grupo integrado por Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Itália. Fonte: Jornal do Comércio
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