Mais uma revelação polêmica feita pelo site Wikileaks nesta quinta-feira. De acordo com a nova publicação, 25 países, incluindo o Brasil, praticam espionagem em massa em computadores, celulares, e redes sociais.
Essa grande rede de informações envolve 160 empresas de inteligência, não regulamentadas, que trabalham de forma silenciosa e secreta, sem o conhecimento de empresas de telecomunicações.
Esse vazamento de informação foi chamado de projeto Spy Files, arquivos espiões. O projeto fala ainda sobre empresas que vendem equipamentos de espionagem em massa para agências de inteligência.
“Nos últimos dez anos, sistemas para espionagem indiscriminada em massa tornaram-se a regra. Empresas de inteligência como a VasTech vendem secretamente equipamentos que registram de forma permanente chamadas telefônicas de nações inteiras. Outras gravam a localização de cada telefone celular em uma cidade (...). Sistemas para infectar cada usuário do Facebook ou de smartphone de um grupo inteiro de pessoas estão no mercado de inteligência”, diz o documento do Wikileaks.
A única empresa brasileira listada pelo site é a Suntech, que negou fazer interceptação de dados em massa, o que é ilegal no Brasil. Em seu site, a companhia se define como “empresa global que fornece inteligência em comunicações e soluções líderes de mercado para interceptação legal, retenção de dados e gerenciamento de rede para importantes fornecedores de serviços de comunicação e governos”.
Segundo divulgou a equipe de marketing da Suntech, só são interceptados dados de indivíduos mediante autorização judicial e isso nunca é feito em massa. A empresa acredita ter parado na lista porque participa regularmente de um evento do setor chamado ISS (Intelligent Support Systems).
O Wikileaks afirmou em sua página que mais informações serão publicadas sobre esse tipo de espionagem ainda nesta semana e também no próximo ano.
Sobre o site:
WikiLeaks é uma organização transnacional sem fins lucrativos, sediada na Suécia, que publica, em seu site informações de fontes anônimas, documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre assuntos sensíveis.
O domínio wikileaks.org foi registrado em 4 de outubro de 2006, mas o projeto WikiLeaks foi mantido em segredo até a publicação do primeiro documento, em dezembro do mesmo ano.
Em janeiro de 2007, Steven Aftergood, editor do Secrecy News, veio a público apresentar o site. Entre seus fundadores estão dissidentes chineses, jornalistas, matemáticos e tecnólogos de empresas start-up dos EUA, de Taiwan, da Europa, Austrália e África do Sul. Por Ana Araújo|Repórter do The Christian Post
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