terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Impasse com bancada evangélica adia votação da Lei da Palmada

Deputados da bancada evangélica ameaçaram recorrer para que a proposta tivesse que ser votada também no Plenário da Câmara

 

A votação prevista para esta terça-feira  da proposta que proíbe o uso de castigos corporais em crianças e adolescentes, popularmente conhecida como Lei da Palmada, foi adiada após divergências dos defensores do texto com a bancada evangélica da Câmara dos Deputados. A matéria seria apreciada em caráter conclusivo na comissão especial criada para analisar o assunto e, se aprovada, seguiria direto para o Senado.

                                                    Foto: Getty Images Ampliar

Comissão criada para discutir o projeto irá se reunir novamente

No entanto, parlamentares da bancada evangélica ameaçaram recorrer para que a proposta tivesse que ser votada também no Plenário da Câmara. Os deputados defendem a substituição, no projeto, da expressão "castigo corporal" por "agressão física". O objetivo seria evitar a ideia de que a lei proibiria qualquer tipo de punição ou limites a meninos e meninas.

A relatora, deputada Teresa Surita (PMDB-RR), em novo substitutivo sobre a matéria, acatou a sugestão dos evangélicos. Essa ação gerou críticas da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e os movimentos sociais que apoiam o texto original. A votação na comissão pode acontecer nesta quarta-feira.

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Fonte: Último Segundo

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