Os dados são baseados nos últimos elementos orbitais recebidos na manhã desta sexta-feira e levam em conta o fluxo solar informado até as 23h00 de quinta-feira.
O mapa acima mostra as diversas órbitas previstas para a passagem do satélite nos horários estimados para a reentrada.É muito importante lembrar que essa é uma estimativa calculada e pode sofrer alterações ao longo do dia. De acordo com a agência espacial americana, Nasa, dados mais precisos serão informados com apenas duas horas de antecedência.
A dificuldade na previsão do ponto exato da queda ocorre principalmente na variação do fluxo solar, uma emissão eletromagnética constante emitida pelo Sol, que ao ionizar as camadas elevadas da atmosfera alteram significativamente sua densidade, aumentando ou diminuindo o arrasto em grandes altitudes, freando ou acelerando a queda do satélite.
Para se ter uma ideia, nas primeiras horas de hoje (quinta-feira), uma forte ejeção de massa coronal foi observada na estrela e isso poderá ter impacto significativo nas próximas estimativas da reentrada do artefato.
Quando um satélite sem uso ainda tem reservas de combustível, é possível aos controladores fazê-lo rumar a um ponto específico da Terra, normalmente o oceano, tornado a reentrada uma operação bastante segura. No caso do UARS, todo o combustível já está esgotado e o satélite está à mercê das forças da natureza, que o puxam de volta à Terra.
Diante de inúmeras variáveis, dizer com certeza onde o satélite cairá não é uma tarefa fácil. No entanto, devido à inclinação da órbita é possível afirmar que todas as localidades inseridas entre as latitudes de 57 N e 57S podem vir a ser o palco da reentrada. O que todos os modelos parecem concordar é que isso acontecerá de fato na sexta-feira, entre às 12h00 e 23h59 pelo horário de Brasília, e o Brasil está na rota.
Apolo11.com [adaptado]
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