Conforme João Campos, o STF, ao aprovar a equiparação da união estável homossexual à heterossexual, por exemplo, invadiu competências entre os poderes. "A democracia implica em liberdades, mas implica também num exercício de poderes na República com equilíbrio. Esta relação está sendo quebrada pelo STF, o que é ruim para a democracia", disse o tucano.
Para o parlamentar, atualmente, o STF detém um "monopólio" da política, verdade, ética e Justiça, o que seria o prenúncio para um Estado totalitário. O deputado disse que a bancada de evangélicos, que conta com 63 deputados e três senadores, pretende levantar uma discussão sobre o real papel do STF. "Se não fizermos este debate, vamos caminhar para ter o governo dos juízes: o juiz faz a lei, julga e executa", afirmou. A bancada tem como proposta a convocação de uma Comissão Geral no Plenário da Câmara dos Deputados que debateria este assunto específico. As assinaturas já estão sendo colhidas.
Campos disse que a bancada evangélica questiona a eficácia de decisões do STF, principalmente quando elas envolvem a interpretação das normas constitucionais: "geralmente o STF legisla nestes casos. E se caracteriza invasão de competências legislativas, até que ponto este tipo de decisão tem eficácia?" Segundo o político, o artigo 49 da Constituição Federal determina que, nas hipóteses de exorbitância das competências, o Congresso pode, inclusive, sustar os efeitos de uma decisão da Suprema Corte. "Nós estamos também caminhando nesta direção", afirmou. Fonte: Terra
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